sexta-feira, 15 de julho de 2011

AI QUE JÁ NÃO ME ALEMBRAVA DISTO

Sobre a amizade e os amigos muito se tem escrito, das formas mais variadas e inusitadas: textos em verso ou em prosa, pensamentos, frases soltas, citações de quem se imortalizou,  eu sei lá quantas mais maneiras...
Porém, difícil para mim, é descrever as alegrias do reencontro entre amigos de infância e de adolescência.
Por que será assim tão impossível dizer-se esses reencontros
Como descobrir as palavras certas que descrevam os momentos de ansiedade que antecedem esses reencontros, a alegria que se tem quando eles acontecem e, principalmente, como explicar o regresso ao passado que se faz - qual passageiros de uma máquina do tempo - tornando-nos outra vez aqueles meninos que ficaram lá atrás, no tempo?
Pois eu, neste passado recente, tive o privilegio, a alegria e a felicidade de passar por vários desses momentos.
 É verdade! Reencontrei amigos,  com os quais já não estava nem falava, vai para quanto? 20, 30 anos. E essa alegria e essa agitação de tornar a estar com eles, é indescritível! 
É um doce regresso ao passado, no qual a memória nos volta a trazer os sentimentos, as cores e até os cheiros, que julgávamos já perdidos para sempre. É conseguir repetir, a mesma alegria do passado, ao recordarmos os velhos lugares, as velhas aventuras, que se tornam recentes outra vez e transportar com elas a agitação, as cores e os cheiros dessa altura. 
É ser menina outra vez e sentir a mesma inocência de então. É o cada um de nós fazer, ano por ano, o resumo do que foi a nossa vida para o outro nosso amigo, e poder sentir o genuíno interesse com que ele segue o nosso relato. 
É tudo isto e muito mais para as quais palavras não sei, que persiste e que me agitam, antes e depois de cada reencontro.

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