quinta-feira, 25 de novembro de 2010

MUDEI DE PERFUME


Escolher um perfume para nos identificar é assim como escolher um parceiro duradouro.

Dizem os entendidos que o perfume é algo que nos distingue e que o facto de se usar sempre o mesmo é uma questão de atitude; ajuda-nos a marcar presença e mostra-nos como alguém com personalidade.
A função de uma essência é reflectir um pouco daquilo que somos, pelo que não deve ser uma coisa forçada, porque se for forçada mais vale usar apenas água e sabonete. Isto ou a velha máxima que diz que “mais vale só que mal acompanhada”. Na prática, tal significa que se exalarmos um odor químico que não tenha mesmo nada a ver connosco, a imagem que se transmite aparece distorcida. Por exemplo: o que é que o Chanel n.º 5 tinha a ver com a sedutora e fresca imagem da mítica Marilyn Monroe? É que não tinha mesmo nada a ver!  É por aí… Percebem agora porque é tão importante escolher o aroma certo?

Tal como um homem, um perfume não acrescenta nada àquilo que uma pessoa já é, apenas deve traduzir e revelar o que cada uma tem de melhor. Sim, porque a história de que os opostos se atraem e tal é uma grande treta, pois já dizia a minha avó que “pelo noivo se tira a noiva e vice-versa”.

Ora bem, escolher um homem para ficar ao nosso lado para sempre (enquanto for bom) é ainda mais difícil do que escolher um perfume que diga tudo sobre nós.

E perguntam vocês: então e como é que se escolhe um bom perfume barra gajo?

Pois, lamento desiludir-vos mas não há um critério universal, tudo depende da maneira de ser de cada uma e das vossas preferências individuais. Existem, sim, alguns tópicos generalistas que podem e devem ser tidos como orientadores auxiliares numa tão difícil tarefa: primeiramente, há que atender ao composto de cada fragrância. Isolam-se os essências base e escolhe-se em função daquela/as que se prefere. Seguidamente (e isto é muito importante) há que optar por uma marca que tenha disponíveis versões para Verão, Inverno, dia e noite (seja... um tipo que seja digno de se apresentar às amigas, acompanhar-nos num evento da empresa, estar ao nosso lado na praia, dar-se bem com os nossos filhos, ir-nos buscar ao aeroporto às 4 da manhã, entre muitas outras aptidões)… Ah e convém não deixar o frasco destapado para que a essência não se evapore. (Pssssiu! Rédea curta, Ok?)

Usar durante muito tempo o mesmo perfume ou homem tem apenas um pequeno inconveniente: chega-se a uma altura em que estamos tão familiarizadas com o seu cheiro que já não damos por ele. E é ai que pode acontecer o mesmo que me aconteceu. Mudei para um novo perfume.

Se é verdade que os melhores perfumes estão nos frascos mais pequenos, o mesmo talvez aconteça com os homens com o inconveniente de que os homens pequenos são mesmo pequenos em tudo (sim, nisso também, não se iludam!) mas o que é certo é que duram e duram, e duram…

Por vezes, mesmo após a selecção final ainda podem persistir algumas dúvidas quanto ao facto da nossa selecção ter ou não sido a correcta.

Como saber, então, que aquela nota específica é mesmo a que melhor nos define?

É condição essencial que um odor nos envolva e tenha também a capacidade de envolver os outros. Caso nos provoque enjoos, não serve.

Por fim, existem disponíveis em todo o lado uns medidores sociais que são os outros homens e mulheres. Sabemos que fizemos a escolha certa quando os nossos amigos nos disserem por mais do que uma vez “cheiras bem” e as nossas amigas e as outras nos perguntarem que perfume estamos a usar. Quando isto acontecer, esse é “O” perfume. Podem tomar banho nele!

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